12 outubro 2008

Oficina do Polvo descodifica “Silenciador”

Com um pedido de desculpas aos visados, vamos ter que interromper a série de apresentação de candidatos, para apresentar o resultado de mais uma apurada investigação.

Isto porque o texto publicado no ReflexoDigital com o título Teatro Oficina estreia “Silenciador” encerra em si mesmo uma mensagem subliminar que só uma equipa atenta como a nossa poderia descobrir.

Aconselhamos os nossos leitores a lerem a notícia original (clicando aqui) e a lerem depois o texto abaixo, devidamente descodificado.

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Em “Silenciador” o ambiente de cena recupera as assembleias de freguesia de caldelas.

Manecas Ribeiro modera as sessões e procura conduzi-las de uma forma obscura dando a entender que as quer politicamente correctas.

Contudo, perpassa por toda a assembleia uma mensagem política que o moderador não quis que fosse explícita, pretendendo ele próprio assumir-se como um agitador.

Já para o secretariar nas encenações, convida Ângelo Freitas, o que, tendo em conta as suas ficções, é já em si um acto político.

A trama balança permanentemente entre o futuro e um passado, entre problemas que se vivem hoje mas vistos de um lugar onde nunca estaremos, o que justifica alguma indefinição do carácter dos eleitos e da penumbra de que vivem alguns eleitores no contexto cénico.

A sessão pública da assembleia acompanha a investigação de um inquérito, feito pelos três membros da Junta, que continuadamente e ao mesmo tempo se corrigem uns aos outros e que se desconfiam mutuamente.

No meio da investigação surge um personagem da cidade das duas caras e que vai conhecendo, através de confidências e inconfidências dos diálogos, a mentalidade do povo com quem se meteu...

Para além do texto de Manecas Ribeiro e da encenação da Junta, o elenco é composto por uma plateia do partido dominante que ulula com as fantasias dos seus correlegionários.
A peça esta em cena há mais de trinta meses, no Pequeno Auditório da extensão da biblioteca Raul Brandão.

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